Kid Koala, nome verdadeiro Eric San, é um
músico/dj Canadense.
Descobri essa música dele esta tarde, segue para vocês curtirem também :
Pelo visto ele pegou algumas canções de blues antigas e fez um sampler, colocando todas juntas e formando uma canção completamente nova. Cheia de sons que a princípio parecem desconexos, porém que no final formam uma música de blues realmente poderosa.
Depois quem sabe falo um pouco mais sobre Kid Koala.
Quando tive a ideia de desenhar o "Jimmy", eu estava terminando meu tcc sobre punk rock. Queria desenhar uma criança, um bebê pra ser mais exato, mas queria que ele fosse um pouco diferente. Só que não sabia como. Como todo o estudo que fiz sobre a música punk rock ainda estava muito recente na minha memória, (referências visuais da linguagem de resistência gráfica punk : filmes de terror, desenhos animados, histórias em quadrinhos, imagens religiosas, colagens, recortes de publicidade, etc) e ouvindo muito Dead Kennedys, The Clash, e Ramones acabei tendo a ideia do menino-polvo. Eis que criei Jimmy!
Nasceu em 11 de dezembro de 1926 no Alabama- Texas
Morreu em 25 de julho de 1984
Cantora e compositora americana de Blues e R&B
De acordo com o autor Tony
Russell (1997) Big Mama foi a primeira a gravar a música Hound Dog em 1952. Da qual Elvis Presley gravou sua famosa versão.
No entanto, eu pessoalmente acho a versão de Mama bem melhor do que a de Elvis.
Ele a deixou mais rock’n’roll, só que a de Mama faz você realmente acreditar no
personagem hound dog. Um casanova que
adora flertar e conquistar moças, quebrando corações e fazendo uma confusão.
Diferente de outras cantoras de
blues e R&B como Nina Simone ou Aretha Franklin, Mama fazia um som menos
romântico, um blues mais original e simples. Aqueles blues que brincam com a
sonoridade da música e a voz do cantor. E já que falamos de voz, a voz dessa moça faz
qualquer canção tomar vida, ficar mais real, mais agressiva e que traz à tona
todo tipo de sentimento.
Mama também não fazia o tipo moça
comportada e bonita. Ela era grande e tinha muita presença, tanto que diferente
destas, ela tocava gaita e bateria.
Agora não
digo que Mama não cantava sobre o amor ou romance, ela também o fazia, afinal
blues é isso. Só que Mama cantava com mais soul. Ela grita, arranha a voz, faz
barulhos...se solta. Isso faz com que suas canções tenham um peso maior. Elas
parecem estimular ainda mais nossos sentidos, como na canção Gonna Leave You que me dá arrepios toda
vez que ouço. Até fiz uma amiga escutar e no final, ela olhou pra mim e disse
que ficou com vontade de fazer amor.
Já na Sometimes I Have a Heartache Mama
retrata perfeitamente o coração feminino. Podemos sentir sua dor enquanto ela
canta, e creio que toda mulher pode se relacionar com esta canção.
Creio que a
mulher contemporânea, a mulher forte e batalhadora, porém ao mesmo tempo
sensível e sonhadora, pode se relacionar mais com uma cantora de blues como Big
Mama Thorton. Até a cantora Janis Joplin chegou a citá-la como influência
musical e regravou alguma de suas canções.
Considero Big Mama Thorton uma
das mulheres mais importantes do blues, apesar de não ser a mais famosa, ela
certamente se destaca das outras.
Ela foi homenageada no filme que
leva o mesmo título de sua famosa canção Hounddog
de 2007. Um filme relativamente recente, vou procurar. Um fato curioso: quem a interpretou foi uma cantora
profissional chamada Jill Scott que pode-se dizer tem um físico parecido com
Mamma.
Kurt Vile começou a produzir
música desde 2003 e já tem 4 álbuns lançados no mercado. Ele começou por montar
em sua própria casa um estúdio de gravação com seu amigo Adam Granduciel, o que
resultou na formação de uma banda de indie rock chamada The War On Drugs. No entanto Vile acabou saindo da dupla logo
depois do lançamento de seu primeiro álbum e se focou na carreira solo.
Acho um pouco difícil classificar
a música de Kurt Vile. Certamente, é seguro dizer que o gênero predominante é
uma mistura de indie/country. Porém, não digo o country do estilo de Bob Dylan
ou Tom Petty, Kurt parece se misturar sonoramente com o gênero de música folk.
Só que há uma certa melancolia em suas canções. Além de um humor certeiro e
inteligente, porém tímido. Suas letras apesar de serem bem construídas, às
vezes parecem não terem um objetivo definido, mas isso também chega a ser seu
charme. O que ele realiza musicalmente é um som totalmente original, um som
próprio. E pensando bem, acho que podemos comparar o som de Kurt (do seu último
álbum) com o dos Kings of Leon no início de carreira, mais precisamente no
álbum Aha Shake Heartbreak.
Seus álbuns já lançados são: Constant Hitmaker (2008), God Is Saying This to You (2009), Childish Prodigy (2009), e Smoke Ring For My Halo (2001). De
todos, o que começou a lhe dar mais atenção da mídia foi o Childish Prodigy. Exatamente quando ele mudou de gravadora para a Matador Records, uma especializada em
som indie. No entanto seu último álbum, Smoke
Ring For My Halo, foi o que lhe deu “sucesso”. Aclamado criticamente,
conseguiu a posição de # 154 no Billboard
Top 200. São as canções deste álbum que eu mais gostei. No entanto, vocês
também podem tirar suas conclusões.
Capa álbum Constant Hitmaker (2008)
Capa álbum God Is Saying This to You (2009)
Capa álbum Childish Prodigy (2009)
Freeway - Kurt Vile - Constant Hitmaker (2008)
My best firends (don't even pass this) - God Is Saying This to You (2009)
Blackberry Song - Childish Prodigy (2009)
Baby's Arms - Smoke Ring For My Halo
Fiquei sabendo do Kurt Vile quando encontrei esse vídeo no youtube e foi a partir desta canção que fui atrás de mais material dele. Esta música junto com a letra, imagens e a história do vídeo, chamaram bastante minha atenção e considero minha favorita de todas dele.
Hoje, enquanto eu acabava de escrever o post sobre o músico Kurt Vile, comecei a divagar na internet fazendo pesquisas sobre música em geral. E encontro a página da Pitchfork (uma publicação online americana voltada à crítica e comentários musicais e etc) e começo a fuçar seus posts. No meio do caminho encontro o link de um documentário deles sobre a cultura psicodélica. <http://www.facebook.com/pitchforkmedia>
Pronto, não vou dormir tão cedo! Minha curiosidade era tanta que eu não conseguiria deixar para ver este filme no dia seguinte...e confesso, ainda bem que não o fiz!
Um filme curto de aproximadamente 20 minutos, mas que explica da melhor maneira possível o estado mental que a música pode causar em uma pessoa e como a droga age nessa situação. (O que me lembra de correr atrás dessa pesquisa mencionada no começo, que o professor Charles Grob realizou fazendo uso de cogumelos para tratamento de pacientes com câncer e ansiedade). O documentário inteiro é divertido, além de informativo, pois músicos abordam o tema (The Growlers, Bear in Heaven, Tim Presley do White Fence que me fez sorri várias vezes, Doldrums, etc). Assim falando de experiências próprias ou tendo devaneios sobre o assunto.
Recomendo este filme para todos!
A melhor parte é o "Don't do drugs" do cantor do The Growlers no final.
Segue algumas anotações que fiz de frases que mais me chamaram atenção:
- “rock’n’roll,
music, sex, drugs all have this aspect of boundary dissolution.”
- “rock’n’roll
is just another word for sex. It’s one of the trinities…being the revolutionary
one, since you start with rock’n’roll and then you add the dope, then it’s in
the streets and civilization breaks down.”
- “the
psychedelic state is a state of synesthetic loss. By the lack of ego you
discover sound and taste and sight which becomes you…you are the banana on the
floor…you’re gone!”
Eis que encontro esta imagem no weheartit. Para aqueles momentos em que você fala pra um amigo "Ow, escuta isso aqui! Você vai amar". O compartilhamento de músicas via fone de ouvido nunca mais será o mesmo. :D
Já que
estamos falando de blues, lembrei de um filme que vi faz um bom tempo que
mostra exatamente esta cena musical e artística da explosão do blues americano.
O filme musical Cadillac Records
dirijido por Darnell Martin e lançado em 2008, retrata a história verídica da
produtora musical Chess Records. Uma das produtoras mais famosas e importantes
da história do blues americano, pois foi ela que ajudou artistas como Muddy
Waters, Howlin’Wolf, Little Walter, Chuck Berry, Willie Dixon e Etta James à
lançarem sua música ao mundo.
Criada
em 1950 pelos irmãos Leonard e Phil Chess em Chicago, Illinois. A produtora era
especializada em blues, R&B, soul, música gospel, rock’n’roll e jazz, além
de produzir e lançar os mais importantes singles e álbuns que viraram base para
toda produção musical que se seguiu. Um fato curioso é que outro filme de 2008
também teve a produtora Chess como tema, o Who
Do You Love? Nunca o assisti, mas se
é um filme que também retrata a vida dos músicos de blues dos anos 50, creio
que deve ser bom.
No
entanto, o mais importante da Cadillac
Records é que o filme relata o surgimento da produtora Chess Records junto
com a ascensão da música negra. Foi graças aos irmãos Chess, mais precisamente
Leonard (interpretado por Adrien Brody) que músicos negros de blues conseguiram
“tocar” sua música. Pois naquela época as pessoas não davam muitas
oportunidades à músicos negros, isso quando davam. O blues e R&B ficavam
dentro de bares e casas de shows, não tocava tanto no rádio. Leonard viajava
com Muddy Waters à procura de novos talentos, sons e parcerias.
Intimidade
é a palavra-chave deste filme. Seja a intimidade de Leonard com seus músicos,
destes entre si, e do expectador com todos os personagens. No final do longa
acabamos por conhecer todos os mitos de perto, suas fraquezas, suas loucuras e
seus amores. Muddy era original e bom músico, só que seu problema foi que ele
não conseguiu acompanhar musicalmente a evolução do blues. Little Walter é
retratado como um menino perdido, apadrinhado por Muddy, que acabou se perdendo
como pessoa e músico por causa da bebida. No entanto, ele era simplesmente
maravilhoso na gaita. Howlin’Wolf
realmente era o big bad wolf (o lobo
mal) da história. Com uma atitude de macho durão, de poucos amigos e voz rouca.
Adorava confrontar Muddy Waters. Chuck Berry também aparece no filme,
interpretado por Mos Def, que como sempre é brilhante como ator. Chuck é a
parte engraçada da história, divertido e alegre. Entretanto, acabou se dando
mal ao se envolver demais com as moças brancas e moças jovens. E para complementar esse grupo, a banda inglesa Rolling Stones faz uma aparição durante o filme (não eles literalmente né galera, e sim atores que os interpretam).
Agora
de todas as figuras femininas presentes, Etta James foi um estouro na Chess
Records. Beyoncé Knowles faz o papel da diva na sua época de ascensão ao
estrelato um tanto problemática. Brigona, orgulhosa e depressiva, mas com uma
voz estonteante que deixou Muddy Waters de cabelos em pé. Ela ajudou a
produtora Chess a atingir o sucesso tanto na população negra, quanto na branca
da época. Também ajudou Leonard a perder um pouco sua cabeça, If you know what I mean.
Um
filme que revela intimamente essa época da música negra e todas as dificuldades
e personagens encontrados pelo caminho. No final, certamente posso dizer que
agora entendo melhor os cantores e a história da música que abriu caminho ao rock’n’roll. Além da trilha sonora que
me deixou com vontade de ouvir blues o dia inteiro.
Segue agora alguns trechos do filme para vocês ficarem com água na boca.