quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Kid Koala



Kid Koala, nome verdadeiro Eric San, é um músico/dj Canadense. 


Descobri essa música dele esta tarde, segue para vocês curtirem também :





Pelo visto ele pegou algumas canções de blues antigas e fez um sampler, colocando todas juntas e formando uma canção completamente nova. Cheia de sons que a princípio parecem desconexos, porém que no final formam uma música de blues realmente poderosa. 

Depois quem sabe falo um pouco mais sobre Kid Koala.

sábado, 20 de outubro de 2012

Music Art - Jimmy Isn't Like The Other Kids



              Quando tive a ideia de desenhar o "Jimmy", eu estava terminando meu tcc sobre punk rock. Queria desenhar uma criança, um bebê pra ser mais exato, mas queria que ele fosse um pouco diferente. Só que não sabia como. Como todo o estudo que fiz sobre a música punk rock ainda estava muito recente na minha memória, (referências visuais da linguagem de resistência gráfica punk :  filmes de terror, desenhos animados, histórias em quadrinhos, imagens religiosas, colagens, recortes de publicidade, etc) e ouvindo muito Dead Kennedys, The Clash, e Ramones acabei tendo a ideia do menino-polvo. Eis que criei Jimmy!

Blues: Big Mama Thorton



http://www.whudat.com/news/images/big_mama_thornton.jpg


Nome verdadeiro Willia Mae “Big Mama” Thorton
Nasceu em 11 de dezembro de 1926 no Alabama- Texas
Morreu em 25 de julho de 1984
Cantora e compositora americana de Blues e R&B



De acordo com o autor Tony Russell (1997) Big Mama foi a primeira a gravar a música Hound Dog em 1952. Da qual Elvis Presley gravou sua famosa versão. No entanto, eu pessoalmente acho a versão de Mama bem melhor do que a de Elvis. Ele a deixou mais rock’n’roll, só que a de Mama faz você realmente acreditar no personagem hound dog. Um casanova que adora flertar e conquistar moças, quebrando corações e fazendo uma confusão.



Diferente de outras cantoras de blues e R&B como Nina Simone ou Aretha Franklin, Mama fazia um som menos romântico, um blues mais original e simples. Aqueles blues que brincam com a sonoridade da música e a voz do cantor.  E já que falamos de voz, a voz dessa moça faz qualquer canção tomar vida, ficar mais real, mais agressiva e que traz à tona todo tipo de sentimento.

Mama também não fazia o tipo moça comportada e bonita. Ela era grande e tinha muita presença, tanto que diferente destas, ela tocava gaita e bateria.

http://themusicsover.com/wp-content/uploads/2008/07/bigmama.jpg?w=300


            Agora não digo que Mama não cantava sobre o amor ou romance, ela também o fazia, afinal blues é isso. Só que Mama cantava com mais soul. Ela grita, arranha a voz, faz barulhos...se solta. Isso faz com que suas canções tenham um peso maior. Elas parecem estimular ainda mais nossos sentidos, como na canção Gonna Leave You que me dá arrepios toda vez que ouço. Até fiz uma amiga escutar e no final, ela olhou pra mim e disse que ficou com vontade de fazer amor.


            Já na Sometimes I Have a Heartache Mama retrata perfeitamente o coração feminino. Podemos sentir sua dor enquanto ela canta, e creio que toda mulher pode se relacionar com esta canção.



            Creio que a mulher contemporânea, a mulher forte e batalhadora, porém ao mesmo tempo sensível e sonhadora, pode se relacionar mais com uma cantora de blues como Big Mama Thorton. Até a cantora Janis Joplin chegou a citá-la como influência musical e regravou alguma de suas canções.

Considero Big Mama Thorton uma das mulheres mais importantes do blues, apesar de não ser a mais famosa, ela certamente se destaca das outras.

Ela foi homenageada no filme que leva o mesmo título de sua famosa canção Hounddog de 2007. Um filme relativamente recente, vou procurar. Um fato curioso: quem a interpretou foi uma cantora profissional chamada Jill Scott que pode-se dizer tem um físico parecido com Mamma.

http://images.zap2it.com/images/movie-179285/hounddog-7.jpg


Segue um vídeo da música Hate Me de Jill Scott, para vocês mesmos tirarem suas conclusões.


Kurt Vile


Kurt Vile
Nasceu em 1980
Cantor e compositor americano de Filadélfia, Pensilvânia.


http://userserve-ak.last.fm/serve/_/50721763/Kurt+Vile.jpg



Kurt Vile começou a produzir música desde 2003 e já tem 4 álbuns lançados no mercado. Ele começou por montar em sua própria casa um estúdio de gravação com seu amigo Adam Granduciel, o que resultou na formação de uma banda de indie rock chamada The War On Drugs. No entanto Vile acabou saindo da dupla logo depois do lançamento de seu primeiro álbum e se focou na carreira solo.


http://www.emcblue.com/wp-content/uploads/2011/03/vile2.jpg
Acho um pouco difícil classificar a música de Kurt Vile. Certamente, é seguro dizer que o gênero predominante é uma mistura de indie/country. Porém, não digo o country do estilo de Bob Dylan ou Tom Petty, Kurt parece se misturar sonoramente com o gênero de música folk. Só que há uma certa melancolia em suas canções. Além de um humor certeiro e inteligente, porém tímido. Suas letras apesar de serem bem construídas, às vezes parecem não terem um objetivo definido, mas isso também chega a ser seu charme. O que ele realiza musicalmente é um som totalmente original, um som próprio. E pensando bem, acho que podemos comparar o som de Kurt (do seu último álbum) com o dos Kings of Leon no início de carreira, mais precisamente no álbum Aha Shake Heartbreak.



http://thehurstreview.files.wordpress.com/2011/03/smokering.jpg
Seus álbuns já lançados são: Constant Hitmaker (2008), God Is Saying This to You (2009), Childish Prodigy (2009), e Smoke Ring For My Halo (2001). De todos, o que começou a lhe dar mais atenção da mídia foi o Childish Prodigy. Exatamente quando ele mudou de gravadora para a Matador Records, uma especializada em som indie. No entanto seu último álbum, Smoke Ring For My Halo, foi o que lhe deu “sucesso”. Aclamado criticamente, conseguiu a posição de # 154 no Billboard Top 200. São as canções deste álbum que eu mais gostei. No entanto, vocês também podem tirar suas conclusões.








Capa álbum Constant Hitmaker (2008)





   
Capa álbum God Is Saying This to You (2009)


Capa álbum Childish Prodigy (2009)









Freeway - Kurt Vile - Constant Hitmaker (2008)



My best firends (don't even pass this) - God Is Saying This to You (2009)



Blackberry Song - Childish Prodigy (2009)


Baby's Arms - Smoke Ring For My Halo


Fiquei sabendo do Kurt Vile quando encontrei esse vídeo no youtube e foi a partir desta canção que fui atrás de mais material dele. Esta música junto com a letra, imagens e a história do vídeo, chamaram bastante minha atenção e considero minha favorita de todas dele.


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Music And The Psychedelic Mind (filme)


Hoje, enquanto eu acabava de escrever o post sobre o músico Kurt Vile, comecei a divagar na internet fazendo pesquisas sobre música em geral. E encontro a página da Pitchfork (uma publicação online americana voltada à crítica e comentários musicais e etc) e começo a fuçar seus posts. No meio do caminho encontro o link de um documentário deles sobre a cultura psicodélica. <http://www.facebook.com/pitchforkmedia

Pronto, não vou dormir tão cedo! Minha curiosidade era tanta que eu não conseguiria deixar para ver este filme no dia seguinte...e confesso, ainda bem que não o fiz!

Um filme curto de aproximadamente 20 minutos, mas que explica da melhor maneira possível o estado mental que a música pode causar em uma pessoa e como a droga age nessa situação. (O que me lembra de correr atrás dessa pesquisa mencionada no começo, que o professor Charles Grob realizou fazendo uso de cogumelos para tratamento de pacientes com câncer e ansiedade). O documentário inteiro é divertido, além de informativo, pois músicos abordam o tema (The Growlers, Bear in Heaven, Tim Presley do White Fence que me fez sorri várias vezes, Doldrums, etc). Assim falando de experiências próprias ou tendo devaneios sobre o assunto.

Recomendo este filme para todos! 


A melhor parte é o "Don't do drugs" do cantor do The Growlers no final.



Segue algumas anotações que fiz de frases que mais me chamaram atenção:

- “rock’n’roll, music, sex, drugs all have this aspect of boundary dissolution.”

- “rock’n’roll is just another word for sex. It’s one of the trinities…being the revolutionary one, since you start with rock’n’roll and then you add the dope, then it’s in the streets and civilization breaks down.”

- “the psychedelic state is a state of synesthetic loss. By the lack of ego you discover sound and taste and sight which becomes you…you are the banana on the floor…you’re gone!”



O documentário:



Finalmente um fone amigo!

Eis que encontro esta imagem no weheartit. Para aqueles momentos em que você fala pra um amigo "Ow, escuta isso aqui! Você vai amar". O compartilhamento de músicas via fone de ouvido nunca mais será o mesmo. :D


http://weheartit.com/entry/40393708/via/crazyls

Kurt Vile Poster

E nessa próxima postagem pretendo falar desse moço que está chamando bastante atenção ultimamente!

Cartaz promocional do tour europeu de Kurt Vile e The Violators
http://www.matadorrecords.com/matablog/wp-content/uploads/2011/02/KURT-VILE-FLYER.jpg


Sua canção 'Ghost Town' foi considerada pela Pitchfork Media como best new music - melhor música nova. < http://pitchfork.com/reviews/tracks/12111-ghost-town/>

domingo, 14 de outubro de 2012

Filme de blues - Cadillac Records




http://moviemusiconnection.blogspot.com.br/2011/05/cadillac-records-grandes-historias-de.html


Filme: Cadillac Records (2008)
Gênero: Drama
Duração:  109 min
País: EUA
Diretor: Darnell Martin


                Já que estamos falando de blues, lembrei de um filme que vi faz um bom tempo que mostra exatamente esta cena musical e artística da explosão do blues americano. O filme musical Cadillac Records dirijido por Darnell Martin e lançado em 2008, retrata a história verídica da produtora musical Chess Records. Uma das produtoras mais famosas e importantes da história do blues americano, pois foi ela que ajudou artistas como Muddy Waters, Howlin’Wolf, Little Walter, Chuck Berry, Willie Dixon e Etta James à lançarem sua música ao mundo.

                Criada em 1950 pelos irmãos Leonard e Phil Chess em Chicago, Illinois. A produtora era especializada em blues, R&B, soul, música gospel, rock’n’roll e jazz, além de produzir e lançar os mais importantes singles e álbuns que viraram base para toda produção musical que se seguiu. Um fato curioso é que outro filme de 2008 também teve a produtora Chess como tema, o Who Do You Love?  Nunca o assisti, mas se é um filme que também retrata a vida dos músicos de blues dos anos 50, creio que deve ser bom.

http://frananddavesmusicaladventure.files.wordpress.com/2010/11/chess_records.jpg



http://bandweblogs.com/blog/wp-content/uploads/2010/03/whodoyoulovechessrecords.jpg
                

                No entanto, o mais importante da Cadillac Records é que o filme relata o surgimento da produtora Chess Records junto com a ascensão da música negra. Foi graças aos irmãos Chess, mais precisamente Leonard (interpretado por Adrien Brody) que músicos negros de blues conseguiram “tocar” sua música. Pois naquela época as pessoas não davam muitas oportunidades à músicos negros, isso quando davam. O blues e R&B ficavam dentro de bares e casas de shows, não tocava tanto no rádio. Leonard viajava com Muddy Waters à procura de novos talentos, sons e parcerias.

Leonard Chess (Adrien Brody) e Muddy Waters (Jeffrey Wright) na frente da  produtora Chess Records
http://acaocameraluz.blogspot.com.br/2011/02/cadillac-records.html


                Intimidade é a palavra-chave deste filme. Seja a intimidade de Leonard com seus músicos, destes entre si, e do expectador com todos os personagens. No final do longa acabamos por conhecer todos os mitos de perto, suas fraquezas, suas loucuras e seus amores. Muddy era original e bom músico, só que seu problema foi que ele não conseguiu acompanhar musicalmente a evolução do blues. Little Walter é retratado como um menino perdido, apadrinhado por Muddy, que acabou se perdendo como pessoa e músico por causa da bebida. No entanto, ele era simplesmente maravilhoso na gaita.  Howlin’Wolf realmente era o big bad wolf (o lobo mal) da história. Com uma atitude de macho durão, de poucos amigos e voz rouca. Adorava confrontar Muddy Waters. Chuck Berry também aparece no filme, interpretado por Mos Def, que como sempre é brilhante como ator. Chuck é a parte engraçada da história, divertido e alegre. Entretanto, acabou se dando mal ao se envolver demais com as moças brancas e moças jovens. E para complementar esse grupo, a banda inglesa Rolling Stones faz uma aparição durante o filme (não eles literalmente né galera, e sim atores que os interpretam).

Muddy Waters e Little Walter gravando
http://ww4.hdnux.com/photos/11/11/07/2396639/7/628x471.jpg


Columbus Short como Little Walter
http://farm4.static.flickr.com/3261/2458334586_46e0442f40.jpg

Eamonn Walter como Howlin'Wolf
http://www.allmoviephoto.com/photo/2008_cadillac_records_019.html

Chuck Berry à direita e o ator/cantor Mos Def interpretando o músico
http://moviemusiconnection.blogspot.com.br/2011/05/cadillac-records-grandes-historias-de.html


                Agora de todas as figuras femininas presentes, Etta James foi um estouro na Chess Records. Beyoncé Knowles faz o papel da diva na sua época de ascensão ao estrelato um tanto problemática. Brigona, orgulhosa e depressiva, mas com uma voz estonteante que deixou Muddy Waters de cabelos em pé. Ela ajudou a produtora Chess a atingir o sucesso tanto na população negra, quanto na branca da época. Também ajudou Leonard a perder um pouco sua cabeça, If you know what I mean.

Beyoncé Knowles como Etta James
http://thatgoodhit.com/wp-content/uploads/2012/01/cadillac-records.jpg


                Um filme que revela intimamente essa época da música negra e todas as dificuldades e personagens encontrados pelo caminho. No final, certamente posso dizer que agora entendo melhor os cantores e a história da música que abriu caminho ao rock’n’roll. Além da trilha sonora que me deixou com vontade de ouvir blues o dia inteiro.


                Segue agora alguns trechos do filme para vocês ficarem com água na boca. 
                                                                         Have fun!



                                                              Segue o trailer do youtube.


           
                                                                      Etta James.



                                                                       Howlin' Wolf.